Primeiro um resuminho do Adoro Cinema (se já tem um pronto, por que é que eu vou fazer outro, né?):
Um funcionário ambicioso (Jack Lemmon) descobre um atalho para subir na companhia em que trabalha: ceder seu apartamento para os encontros amorosos de seus chefes. A tática inicialmente dá certo, mas passa a ser ameaçada quando ele se apaixona pela amante de um de seus chefes.
É um filme perigoso, que, na mão de qualquer diretor, poderia virar uma bobajada sem tamanho. Não nas mãos de Billy Wilder. Ele passeia pelos planos cômico e dramático com uma delicadeza - inclusive abordando um tema pesado como o suicídio - como só um mestre pode fazer.
Temos Jack Lemmon outra vez botando um filme no bolso e com direito a uma Shirley MacLaine gatíssima.
Uma coisa digna de nota, que não tem nada a ver com a trama: como o mundo inflacionou! Baxter, o personagem de Lemmon, ganhava na época do filme, USD 94,70 por semana e ainda conseguia pagar um aluguel de 85 pilas pra senhoria. Uma corrida de táxi que vemos no filme custou módicos 7 centavos.
Foi o último filme em preto e branco a ganhar o Oscar de melhor filme (depois veio "A lista de Schindler", mas era mais uma bossa do Spielberg).