quinta-feira, 25 de fevereiro de 2010

INVICTUS, de Clint Eastwood

Não é que eu não tenha gostado de “Invictus”. É que, em se tratando de Eastwood, sempre espero mais, sobretudo porque assisti “Gran Torino”, que acho um filmaço. Neste, ele aborda a união de negros e brancos numa África do Sul cujos negros, pelo visto, esperavam ávidos pelo revanchismo. Só que toparam com Nelson Mandela pela frente, e a vontade, pelo menos naquele momento, parou ali.

Quem viu “Karatê Kid” pode fazer uma aproximação com “Invictus”, no terceiro ato do filme. No clássico da Sessão da Tarde, o moleque vai derrotando um a um seus adversários, que não acreditavam nele. No filme de Eastwood acontece o mesmo. Vemos uma sucessão de vitórias da  desacreditada seleção sul-africana de rugbi até o seu primeiro triunfo internacional na decisão contra os All Blacks, epíteto da seleção neozelandesa, que, por sinal, foi a primeira campeã mundial do esporte. É isso: vitórias e mais vitórias e diálogos e mais diálogos de Mandela com sua “orelha”, personificada em sua secretária. “Invictus” me pareceu um Karetê Kid com direito a Nelson Mandela.

Não invalida de forma alguma a luta antirracialista de Mandela, um dos maiores estadistas de todos os tempos. Mostra a sua coragem e o belo poema que dá título ao filme. Mas, pena!, que eu esperava mais do Clintão, eu esperava.