terça-feira, 6 de setembro de 2011

PRA ESFREGAR NA CARA DO SERGINHO CABRAL

Do blog de Antero Greco:

Construir estádio está na moda e é investimento que costuma dar retorno. A mais nova arena, como agora se chamam os campos de futebol, será inaugurada nesta quarta-feira, em Turim, uma das principais cidades da Itália. O dono do local é a Juventus, primeira equipe italiana a ter casa própria. As demais continuam a apresentar-se em instalações que pertencem às respectivas cidades.

O estádio juventino começou a ser construído em junho de 2009, sete meses depois de iniciada a demolição do antigo Delle Alpi. “Antigo” é modo de dizer, porque foi feito para a disputa do Mundial de 1990. A Juventus arrendou a área, obteve permissão para tocar seu projeto, encomendou estudo para escritórios famosos de arquitetura, arrumou a grana (dela mesmo) e mandou bala.

O resultado será visto no amistoso com o Notts County, da Terceira Divisão da Inglaterra, no amistoso marcado para a quinta-feira. O estádio tem lugar para 41mil torcedores sentados, além de 4 mil vagas de estacionamento, 8 restaurantes, 20 bares, museu, centro comercial e, em breve, a sede da própria Juventus. Há ainda uma área verde, como parte do acordo para revitalização do entorno.

Sabe quanto saiu tudo isso? Coisa de 105 milhões de euros, ou mais ou menos 250 milhões do nosso rico dinheirinho. Quer dizer, menos de um terço do que vai custar o Itaquerão, só para ficar num exemplo paulista. Ou da reforma do Maracanã. Ou da Fonte Nova, para falar também dos baianos.

Será que a mão de obra na Itália é mais barata do que a nossa? Será que lá tem menos impostos? Será que o preço do cimento e do aço sai mais em conta na Bota?

Vai saber. Como o custo de vida anda alto no Brasil! Você concorda?


Considere que o Maraca está em REFORMA. Ou seja, não está saindo do zero. Considere que o que onerou a REFORMA foi a cobertura. E o custo da obra – cujos operários estão em greve – está em 900 MILHÕES DE REAIS, Dava pra fazer umas TRÊS arenas do Juventus que é um dos maiores clubes do mundo e ainda sobrava troco.

Pra onde onde tá indo esse dinheiro, Serginho? Isso não é uma covardia? Não há NADA que justifique este valor. Ou o custo de vida de Turim, uma das cidades mais caras da Europa é menor que o nosso? Ou as leis trabalhistas da Itália são mais flexíveis – as nossas foram inspiradas em Mussolini. Ou a iniciativa privada pode obter melhores preços? Mas não é pra isso que existe licitação, Serginho? E isso onera em quase 4 vezes a obra?

Que covardia com a gente, Serginho!