sábado, 31 de maio de 2008

EU NÃO DUVIDO

Não sei se vocês perceberam, mas deixei de publicar textos de terceiros aqui, a não ser que vá comentá-los. Ou então no caso de uma ou outra citação: todas as que estiverem na coluna esquerda deste blog, no Departamento Antibravatas e saírem de lá, virarão posts sob a tag "Citações", para aqueles que quiserem encontrá-las. Até então eu simplesmente apagava e um abraço.

Hoje é um sábado frio e chuvoso no Rio de Janeiro - um dia extremamente preguiçoso. Então, vou abrir uma exceção e publicar um texto deste blog.

Antes, um adendo: quando solteiro, morei num apartamento pequeno, num conjunto habitacional da Penha com mãe, meu padrasto e dois irmãos. Eu era o único que não fumava.

Vamos abrir aspas:

Não fumo, detesto fumaça de cigarro e fico muito puto quando alguém acende um cigarro ao meu lado, mas é impossível não imaginar esse hipotético futuro:

- Abra a porta! É a polícia!

- Pois não. Qual o problema, policial?

- Recebemos uma denúncia anônima de que havia pessoas fumando cigarro neste apartamento.

- Isso é um absurdo!

- O Senhor se incomodaria se déssemos uma olhadinha?

- Claro que não! Podem entrar... Como vocês podem ver, ali está minha esposa se injetando heroína, meu filho mais velho fumando haxixe, minha sobrinha dançando embalada por alguns comprimidos de ecstasy - ou speed, não lembro - e, sobre aquela mesa, está a carreira de cocaína que eu preparava quando vocês chegaram.

- É, parece que está mesmo tudo em ordem. Desculpe-nos os transtorno, cidadão.

- Não tem problema, mas se eu fosse vocês daria uma olhadinha no apartamento 603. O cara que vive lá é meio esquisitão...