sexta-feira, 20 de junho de 2008

EM DEFESA DE ISRAEL, de Alan Dershowitz (Parte 3 de 12)

OS JUDEUS E O HOLOCAUSTO

Sempre aparece um débil-mental, um zé-ruela, como o presidente do Irã, o tal de Sopa de Letrinhas, que diz que os judeus tiraram partido do Holocausto. Num site da internet, Palestine Remembered, há um texto que responde à "Propaganda sionista israelense" no que diz respeito a Al-Husseini. Husseini, como já dissemos, era o grão-mufti de Jerusalém que teria apoiado Hitler. Diz o texto do site:

"O que deixa muitos palestinos e árabes extremamente irados é que as memórias do Holocausto estão sendo exploradas para apontar os palestinos como nazistas. Tal comparação perigosa e táticas de propaganda são desde cedo continuamente transmitidas para muitas crianças israelenses e judias, especialmente após uma visita ao museu do Holocausto (...). É uma hipocrisia responsabilizar os palestinos pela escolha 'malfadada' de al-Hajj Amin, enquanto israelenses e judeus fecham os olhos para as escolhas que alguns de seus líderes fizeram durante a Segunda Guerra Mundial."

Mas a verdade é que liderança palestina apoiou Hitler ativamente e carrega, sim, uma culpa moral, política e mesmo legal pelo assassinato de muitos judeus.

"No esforço de instalar [o nazismo] em seu próprio país, Husseini organizou os 'jovens nazistas' com base na 'juventude hitlerista'. A suástica tornou-se um símbolo bem recebido entre muitos palestinos.

(...)

A SS, sob a liderança de Heinrich Himmler, deu tanto apoio financeiro como logístico aos pogroms anti-semitas na Palestina."

O próprio Husseini, esse gente boa, escreveu em seu diário:

"Uma condição fundamental para a cooperação com a Alemanha estava livre para erradicar cada judeu da Palestina e do mundo árabe. Solicitei a Hitler uma ação explícita que nos ajudasse a resolver o problema judaico da maneira adequada às nossas aspirações nacionais e raciais e de acordo com os métodos cieintíficos inovados na Alemanha para lidar com seus judeus. A resposta que recebi foi: 'Os judeus são seus'.

(...)

Em 1944, uma unidade de comando árabe-alemã sob as ordens de Husseini foi lançada de pára-quedas na Palestina num esforço para envenenar os poços de Tel Aviv."

Husseini só tinha essa macheza toda quando tinha as costas quentes. Ele era um criminoso de guerra nazista e como tal foi acusado em Nuremberg. Precisou se escafeder para o Egito. Lá, recebeu asilo e continuou agindo contra Israel, inclusive atraindo simpatizantes nazistas.

Quem tentava manter intacta a memória do criminoso de guerra nazista era Yasser Arafat, aquele mesmo que já foi laureado com o Prêmio Nobel da Paz.

"Numa entrevista concedida em 2002 e reproduzida no diário palestino Al-Quds em 2 de agosto de 2002, o presidente da Autoridade Nacional Palestina classifica Hajj Amin Al-Husseini de 'nosso herói', referindo-se ao povo palestino. Arafat também se gabou de ser 'um de suas tropas', mesmo sabendo-se que ele era considerado 'um aliado dos nazistas'. (Se um alemão atualmente chamasse Hitler de 'nosso herói' seria apropriadamente rotulado de neonazista!). Mesmo o professor Edward Said [já falecido] acredita que Hajj Amin al-Husseini representou o consenso nacional árabe palestino, tinha o apoio dos partidos políticos palestinos e era reconhecido de algum modo pelos governos árabes como a voz do povo palestino.' Ele era o 'líder nacional da Palestina' quando fez a sua aliança com Hitler e desempenhou papel ativo no Holocausto."

É claro que não se pode culpar os palestinos pelo assassinato de judeus na Europa. É bom falar que acima cita-se a LIDERANÇA PALESTINA. Mas o grão-mufti de Jerusalém foi pessoalmente "responsável pela chacina de milhares de judeus em campos de comcentração. Quando soube que o governo húngaro estava planejando permitir que milhares de crianças escapassem dos nazistas, ele interveio com Eichmann [o mesmo que seria retratado por Hannah Arendt em 'Eichmann em Jerusalém'] e exigiu a revisão do plano. O plano foi revertido e as crianças foram enviadas para os campos da morte. O mufti também apoiou militarmente os nazistas, oferecendo a sua Legião Árabe para lutar contra os aliados, de modo a opor-se à Brigada Judaica, que estava lutando ao lado dos aliados."

Voltaremos à Arafat.

POR QUE O CHORORÔ?

"A maioria dos muçulmanos palestinos estava do lado perdedor na Primeira Guerra Mundial aos passo que os judeus estavam do lado vitorioso. (...) O apoio dos judeus (...) aos aliados na Segunda Guerra Mundial ajudou-os a merecer a partição da ONU em 1947. Churchill acreditava que 'nada era devido aos árabes num acordo pós-guerra' por causa do seu amplo apoio ao nazismo. Winston Churchill havia caracterizado o líder dos palestinos como 'o inimigo mortal'."

* * *


Encerramos a 3ª parte de nosso resumo do livro "Em defesa de Israel". Tem muita coisa ainda a ser mostrada. Na próxima sexta, dia 27 de junho, vamos falar das guerras envolvendo Israel e os países árabes: a de Independência (1947), a dos Seis Dias e do Yom Kippur.

Nos links abaixo, os capítulos anteriores deste resumão:


Parte 1

Parte 2