quarta-feira, 6 de agosto de 2008

ESSES ETERNOS DEUSES (MÁRIO QUINTANA)

"(...) Em sua pobre eternidade, os deuses
desconhecem o preço único do instante...
e esse despertar, ainda palpitante,
de quem cortasse em meio um sonho vão.
No entanto a vida não é sonho... Não:
aberta numa flor ou na polpa de um fruto,
a vida aí está, eterna: nossa mão
é que dispõe apenas de um minuto.
E todos os encontros são adeuses...
(Como riem, meu pobre amor... Como riem de nós,
esses eternos deuses!)"