A Bíblia acusa o casal mais famoso dos amrides - rei Acab e sua notória mulher Jezabel, princesa fenícia - de cometer, com freqüência, alguns dos maiores pecados bíblicos: introduzir o culto de deuses estrangeiros na terra de Israel, assassinar sacerdotes leais e profetas de YHWH, confiscar, sem motivo, a propriedade de seus súditos e violar astradições de Israel com arrogante impunidade.
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Felizmente existem - pela primeira vez na história de Israel - algumas fontes externas de informação histórica que nos permitem olhar os amrides sob perspectiva diferenciada, como os governantes militares, poderosos, de um dos Estados mais fortes do Oriente Próximo. A chave para essa nova compreensão é o repentino aparecimento de inscrições que se referem, de forma direta, ao Reino de Israel.
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De todas, a mais valiosa é a estela de Mesha, encontrada em 1868 na superfície de um cômoro remoto em Diban, sul do Jordão, a leste do mar Morto, o local da bíblica Dibon, capital do reino de Moab. (...) A descoberta da inscrição causou grande excitação no século XIX porque Mesha é mencionado no 2° Reis 3 como vassalo do rebelde reino do norte de Israel.
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O escritor dos livros dos Reis estava preocupado em mostrar apenas que os amrides eram maus e que receberam a punição divina que seu comportamento arrogante e pecador tudo fizera por merecer. (...) Ele queria anular a legitimidade dos amrides, a fim de mostrar que toda a história do reino do norte [Israel] tinha sido uma história de pecado, a qual provocou sua miséria e inevitável destruição.
A verdadeira reputação de Israel sob a dinastia amride envolve extraordinária história de poder militar, de realização arquitetônica e de sofisticação administrativa, até onde se pode ser determinada com exatidão. Amri e seus sucessores mereceram o ódio da Bíblia porque foram tão fortes, porque tiveram sucesso em transformar o reino do norte em influente poder regional, que ofuscou, por completo, o pobre e marginal reino rural-pastoril de Judá, ao sul. A possibilidade de que um rei israelita que se relacionava com outras nações, que casou com uma princesa estrangeira e que construiu santuários e palácios "cananeus" pudesse prosperar era intolerável e impensável.
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Felizmente existem - pela primeira vez na história de Israel - algumas fontes externas de informação histórica que nos permitem olhar os amrides sob perspectiva diferenciada, como os governantes militares, poderosos, de um dos Estados mais fortes do Oriente Próximo. A chave para essa nova compreensão é o repentino aparecimento de inscrições que se referem, de forma direta, ao Reino de Israel.
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De todas, a mais valiosa é a estela de Mesha, encontrada em 1868 na superfície de um cômoro remoto em Diban, sul do Jordão, a leste do mar Morto, o local da bíblica Dibon, capital do reino de Moab. (...) A descoberta da inscrição causou grande excitação no século XIX porque Mesha é mencionado no 2° Reis 3 como vassalo do rebelde reino do norte de Israel.
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O escritor dos livros dos Reis estava preocupado em mostrar apenas que os amrides eram maus e que receberam a punição divina que seu comportamento arrogante e pecador tudo fizera por merecer. (...) Ele queria anular a legitimidade dos amrides, a fim de mostrar que toda a história do reino do norte [Israel] tinha sido uma história de pecado, a qual provocou sua miséria e inevitável destruição.
A verdadeira reputação de Israel sob a dinastia amride envolve extraordinária história de poder militar, de realização arquitetônica e de sofisticação administrativa, até onde se pode ser determinada com exatidão. Amri e seus sucessores mereceram o ódio da Bíblia porque foram tão fortes, porque tiveram sucesso em transformar o reino do norte em influente poder regional, que ofuscou, por completo, o pobre e marginal reino rural-pastoril de Judá, ao sul. A possibilidade de que um rei israelita que se relacionava com outras nações, que casou com uma princesa estrangeira e que construiu santuários e palácios "cananeus" pudesse prosperar era intolerável e impensável.