Há uma palavra que se tornou maldita no Rio de Janeiro, pelo menos para os corações mais delicados das pessoas politicamente corretas: REMOÇÃO. É só falar que logo surgem debates inflamados de pogreçistas defendendo as favelas. Eu não defendo favelas. Defendo que as pessoas morem em locais dignos. Reconheço que as remoções do governo Lacerda não levaram em consideração a infraestrutura do local que abrigaria os removidos. Mas continuo achando uma solução sim.
Ali Kamel também. Com ideias simples, em seu artigo, ele afirma que se transformássemos os trens suburbanos em metrôs de superfície, os bairros poderiam se valorizar e o que é melhor: poder-se-ia pensar emcriar conjuntos habitacionais em locais com transporte barato, que é uma das principais causas da criação de favelas (isso quando não é pura especulação ou gambiarra de miliciano, porque ninguém me convence que as favelas que surgem todos os dias em Vargem Grande e Vargem Pequena levam em consideração a proximidade com o trabalho e o transporte fácil - é impossível!).
Gastando-se menos que a extensão do metrô da Praça General Osório para a Barra, poderíamos vislumbrar a solução de um problema e deixarmos finalmente de satanizar a palavrinha remoção.
Até porque concordo com Kamel: com PAC ou sem PAC o Complexo do Alemão não é urbanizável nem utopicamente. Passo por lá todo dia. Favela boa pra virar bairro são as planas: de Vigário Geral, Parada de Lucas, as da Zona Oeste. O resto é conversa fiada de populista querendo ganhar voto mole.
O artigo de Ali Kamel está aqui.