terça-feira, 5 de outubro de 2010

PARA NÃO DIZER QUE NÃO FALEI DAS ELEIÇÕES

É muito bom ver a cara de bunda dos petistas que contavam com a vitória certa. Afinal, como não vencer de lavada as eleições já que foram conduzidos pelo Çábio de Garanhuns, aquele que tudo vê, mas nada sabe?

Ora, o Imperador da Petralhândia foi o grande derrotado deste primeiro turno. Não há dúvida. Vociferou, alarmou, jogou toda a máquina federal nas eleições, menosprezou adversários e se fodeu. Não há outra palavra para definir o que aconteceu com ele.

Seus 1 bilhão por cento de popularidade foram incapazes de tornar Fudilma presidente no último dia 3. E agora, eis que descobrimos que nós, que não lhe lambemos as botas, somos muito mais do que os apregoados 4% de “ressentidos” que o Ricardo Kotscho quer cassar: somos exatamente 53%. Estes 53% não quiseram Dilma presidente até agora.

Na lista de derrotados, acho que nem precisava dizer, mas lá vai: os institutos de pesquisa. Todos, sem exceção, quiseram liquidar a fatura antes do tempo. Tomaram no toba! Os casos mais estarrecedores foram em Pernambuco (o Ibope dava 77% para Dilma e ela teve 54% – onde foi parar o resto, Montenegro?) e São Paulo, onde diziam que Serra perderia para Dilma. Ele ganhou.

Ainda que Dilma possa ser eleita e tenha o Senado e a Câmara dóceis, é bom lembrar que a oposição governará os dois estados mais populosos do Brasil: São Paulo e Minas, além do Paraná e Santa Catarina. Ou seja, o kit chavismo não poderá ser imposto no peito e na raça.

Enfim, dia 31 de outubro teremos, para desespero de Lula, o segundo turno. Por falar em Lula, ele deu uma de Dunga. Lembram? O “treinador” da Seleção, depois da eliminação de nosso escrete, se mandou e não disse um “oi” pros seus jogadores. Lula fez o mesmo: não apareceu, não fez um cafuné e ficou encolhido, como uma bolsa escrotal num inverno siberiano.

Dá pra virar? Acho que dá. As eleições, apesar do que dizem alguns “analistas” que consideram o segundo turno resolvido, reservam, sim, grandes emoções. Até porque, vamos combinar: É Dilma, não é Lula.