quinta-feira, 27 de março de 2008

ELEIÇÕES NO RIO: QUEM GANHA E QUEM PERDE COM A REVIRAVOLTA

A esta altura vocês já devem estar sabendo que o governador Sérgio Cabral decidiu apoiar o candidato do PT, Alessandro Molon nas eleições para prefeito do Rio de Janeiro. O Globo traz uma matéria dizendo quem sai ganhando e quem sai perdendo com isso. Eu também quero dar o meu pitaco.

EDUARDO PAES

Eu considerava o atual secretário de Esportes do Estado uma boa opção para o governo em 2006. Me parecia um sujeito bem preparado, com resposta rápida para a maioria das questões propostas nos debates. Isso era fácil de ver. Findo o pleito, o que é que o sujeito faz? Sai do PSDB e vai direito pra baixo da asa de Sérgio Cabral, em quem bateu durante toda a campanha, na esperança de ser indicado pelo PMDB para disputar a prefeitura. Só que o Serginho agora tá apoiando um petista. Bem feito, Paes. Tomou no cu. Se fodeu.

ALESSANDRO MOLON

Aparentemente se deu bem. Vai ter muito tempo na TV, o que fará com que o público finalmente consiga distinguir o candidato de um poste ou de um extintor de incêndio. O fato é que ninguém sabe quem ele é. Mas é claro que tem dois cabos eleitorais fortes: Lula e o Governador (haja máquina!). O problema é que a aliança PMDB/PT traz um bônus um tanto quanto indesejável: a presença do presidente da Assembléia Legislativa, Jorge Picciani. Tirando o fato de que Picciani é acusado de enriquecimento ilícito e exploração de mão-de-obra escrava, até que parece ser gente boa. A questão é que Molon SEMPRE combateu Picciani - foi o único deputado que votou contra o sujeito nas eleições para a presidência da Alerj. E Picciani estará no palanque, ali, do ladinho dele, puxando as palmas espontâneas do povão...

CÉSAR MAIA

Xiii... Este ficou mais perdido que cego em tiroteio. Me lembra aquele treinador de futebol que perde o titular e o reserva imediato para uma partida importante. Não tem quem lançar. Solange Amaral (que eu posso jurar que usa peruca) não tem voto. Ronaldo Cézar Coelho já foi avisado pelo irmão, o Arnaldo, que a regra é clara: sem voto, nada de prefeitura. E voto é tudo que Ronaldo não tem. A coisa ficou feia pro prefeito interneteiro. Só não pode chorar em cima do teclado, porque danifica o computador...

Publico em seguida uma entrevista de Alessandro Molon ao Globo. É uma aula de pragmatismo. E já deixo aqui um suspiro: que falta faz um Ernesto Varela, personagem imortal de Marcelo Tas!!!