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STÁLIN (10): GORKI, O CHAPA-BRANCA
"Stálin concentrou seus encantos ferinos em Gorki. Em 1931, ele retornou para se tornar o ornamento literário de Stálin e lhe foi concedida uma grande pensão, além dos milhões que ganhava com seus livros. Morava numa mansão em Moscou que pertencera ao milionário Ryabuchinski, uma grande datcha fora da capital e uma villa palaciana na Criméia, além de dispor de vários funcionários, todos agentes da GPU. As casas de Gorki tornaram-se o quartel-general da intelligentsia, onde ele ajudou jovens escritores brilhantes como Issac Bábel e Vassíli Grossman."
Stálin percebia que
"Gorki era um trunfo que podia ser comprado. (...) é um homem vaidoso. Devemos amarrá-lo ao partido.' (...) A Coisa funcionou: durante a liquidação dos kulaks, Gorki soltou seu ódio aos camponeses atrasados nas páginas do Pravda: 'Se o inimigo não se rende, deve ser exterminado.' Ele visitou os campos de concentração e admirou seu valor reeducativo. Apoiou projetos de trabalho escravo, como o Canal Belomor, que visitou com Iagoda, ao qual cumprimentou: 'Vocês, companheiros rudes, não se dão conta do grande trabalho que estão fazendo.!'"