quarta-feira, 19 de novembro de 2008

PEDRO PÁRAMO, de Juan Rulfo

Comala, a cidade onde se passa a história, é uma Sucupira às avessas. Lendo este belo livro do mexicano Juan Rulfo, vocês vão entender por quê. É claro que é realismo fantástico - e eu gosto disso. Aqui acompanhamos a história de um homem que, para atender o pedido da mãe no leito de morte, tenta encontrar o pai. Sei, sei. Não é nada original, mas a forma de se contar a história, sim, é bem diferente. Tem um texto primoroso, saboroso e também sombrio às vezes. Sem falar das passagens divertidas como as que mostram um dos capangas do personagem-título saindo México a fora para entrar nas revoluções que assolaram o país no começo do século XX e, que, a cada retorno, diz que mudou de lado e pertence a uma facção diferente. Pode ler sem susto. É bom.

A edição que eu tenho não é essa não. A minha eu comprei num sebo, numa daquelas barraquinhas de livro que ficam um tempo no Largo do Machado. Foto meramente ilustrativa.