O que mais me chamou a atenção depois da partida que deu ao Vasco o título da Série B foi a entrevista de Roberto Dinamite ainda no gramado. A expressão de alívio no seu rosto e suas palavras eram as de um comandante plácido, que enfrentou as tormentas mas levou o clube ao porto seguro da Série A. Nada da arrogância e da truculência de outros tempos. Nada de seguranças ao redor. Ali, só o ídolo que se tornou presidente da Nação Cruzmaltina com um olhar que nos passava serenidade.
Estamos de volta ao nosso lugar. Que não se pense que os problemas acabaram. Que não se pense que, num passe de mágica, vamos ganhar tudo, vamos contratar os melhores jogadores do universo e coisas afins.
O Vasco voltou na bola. O Vasco voltou no campo. Não viramos a mesa e cumprimos o regulamento. Não abrimos garrafas de champanhe para comemorar ilicitudes. Fomos, vimos e ganhamos. Não foi fácil, mas podemos erguer a cabeça. É um chavão, claro. Mas está valendo.
Temos um técnico que espero que continue no comando do time. Temos uma torcida de verdade - isso já se sabia, mas agora ela mostrou porque o Vasco é um clube de massas, porque ele se tornou um gigante. Voltamos a ser um clube aberto, democrático. Barrar a imprensa não traz títulos. Barrar a imprensa não faz um perna-de-pau jogar bem. Barrar a imprensa não faz uma administração caótica e voltada para os interesses do principal cartola do clube se tornar vitoriosa. Espero que isso tenha acabado. Depois de um tempo de obscuridade, voltamos a escrever nossa História como sempre escrevemos: com H maiúsculo.
Acabou a Série B - falta cumprir a tabela. Taça garantida. O grito preso na garganta se libertou.
Série A, B, dane-se. Ser campeão é bom.
O Vasco é campeão.
Sempre fomos e sempre seremos.
CASACA!!!