quarta-feira, 2 de junho de 2010

DUAS OU TRÊS COISAS SOBRE “O RETRATO DE DORIAN GRAY”, DE OSCAR WILDE

Relendo o clássico deste irlandês, resisto à tentação de colocar um robe de chambre e sentar meio deitado num puf de ráfia e degustar suas delicadas palavras. Sim, há uma linha muito tênue que separa o requinte da boiolice.

A ideia da eterna juventude e a obsessão com esta fase da vida é o ethos deste romance. Isso no século XIX. Dá uma curiosidade saber o que Wilde escreveria na era do botox e da lipoaspiração.

O detalhismo de Wilde em relação a itens como decoração e vestuário, mais do que uma descrição do ambiente elegante da época, me deu uma ideia de seu homossexualismo: só mesmo sendo mulher ou gay pra se prestar atenção em tantas coisinhas e bugigangas…