sábado, 14 de agosto de 2010

DIREITOS HUMANOS MA NON TROPPO…

O governo brasileiro quer mudar os procedimentos da ONU no combate às violações de direitos humanos. Em carta enviada aos Estados-membros, o Itamaraty propôs que se evite censurar publicamente regimes autoritários. A denúncia pública é considerada a principal forma de pressionar um país acusado de atentar contra os direitos humanos. O Brasil defenderá o diálogo com regimes violadores na revisão do funcionamento do Conselho de Direitos Humanos da ONU, que começa no fim do mês. Com isso, o País diz esperar que a discussão de resoluções não sofra "politização". A proposta foi recebida com ceticismo por europeus, mas bem acolhida por africanos e árabes. Nos últimos anos, o Itamaraty tem evitado condenar países violadores nos órgãos da ONU. A estratégia é abster-se em votações sobre alguns casos e tentar manter o diálogo, mesmo com governos que cometeram atrocidades.

Se eu fosse paranoico, diria que o governo está agindo assim porque pretende, dentro de pouco tempo, violar direitos humanos por aqui também. A clara simpatia que Lula e seus baba-ovos tem por ditadores sanguinários, portanto, não seria mera “coisa de pele". Relativizando os direitos humanos onde ele não é sequer cogitado, o governo acena com a possibilidade de implantar por aqui um regime de perseguições políticas. A violação de sigilos da Receita Federal já seria um primeiro passo. É uma implantação de uma polícia política, uma Stasi bananeira, um NKVD farofeiro com a função de intimidar os “inimigos do povo” como eles chamam qualquer um que lhes faça oposição. Ora, qualquer pessoa que não tome sorvete pela testa sabe da quedinha do PT pelo totalitarismo: tudo pelo partido, nada fora do partido. É o fascismo versão patropi.

No que muitos enxergam cinismo, eu enxergo método. E é assim, explanado, na cara de pau, já não se esconde. A imprensa, a ex-grande imprensa, diga-se, letárgica como se tivesse tomado toneladas de ácido, assiste ao assalto de poder com medo de ser apontada pelo PT (Partido Totalitário) como “direitista”, “reacionária” e outras bobagens vindas direto do jargão da esquerda, que a controla – por dentro e por fora. Em 1968, Nelson Rodrigues já apontava este, digamos, fenômeno.

Nada é por acaso. Manter o “diálogo” com governos que cometem atrocidades serve para avisar à ONU: “Queremos cometer as nossas com o respaldo de vocês!”

Se o Brasil tivesse uma nesga de oposição, talvez esse assunto pudesse ser enterrado. Mas não há. Tá dominado, tá tudo dominado!

Mas, não. Eu não sou paranoico…