quarta-feira, 18 de agosto de 2010

A QUE PONTO SE PODE CHEGAR…

Conheço um casal que passou por uma situação singular no último fim de semana. A filha caçula, de uns três anos, machucou-se e ficou com a testa e parte de um dos olhos roxos. A mãe, desesperada, queria levar a menina pro pronto-socorro, no que o marido disse:

- Não precisa. Além do mais, vão pensar que a gente agrediu a garota.

Agora é assim: qualquer acidente pode ser tomado como um violência doméstica. Qualquer pessoa é refém desse politicamente-corretismo que vê o bandido como mocinho e o mocinho como bandido. É lógico que qualquer amigo deles poderia testemunhar a favor do casal. Eu inclusive. Mas vejam só a que ponto chegamos: levantar testemunhas para o caso de desconfiarem de um acidente doméstico corriqueiro, que acontece no mundo inteiro o tempo todo. Nem levar as crianças a um pronto-socorro livremente podemos mais: antes, precisamos saber o que pensam de nós.

Parabéns a todos os envolvidos.