Roberto Dinamite é o novo presidente do Club de Regatas Vasco da Gama. Uma nova era desponta no horizonte. Creio eu que surge um tempo em que o Vasco vai recuperar a simpatia perdida, a simpatia que despertava nas outras torcidas (exceto a mulambada de sempre, claro), a simpatia sepultada pela truculência do ex-cospe grosso de São Januário.
Tempo de se depurar o ambiente, tempo de defumadores e incensos para tirar a nhaca, a pestilência dos últimos anos de desmandos. Tempo de serenidade, de planejamento.
Os vascaínos não se iludam. Não é porque Roberto Dinamite se elegeu que, automaticamente, ganharemos 10 campeonatos mundiais, 150 estaduais e 300 brasileiros. O Vasco é um clube endividado, urge uma auditoria para saber o quanto e a quem devemos. Sanear as contas é imprescindível.
É claro que poderão surgir novas decepções nos gramados, é preciso ter paciência. Não se pode na primeira derrota sepultar um projeto que ainda está sendo semeado. É deixar frutificar. Com calma, colheremos os frutos.
É hora de acreditar. Os patrocinadores não temerão associar o seu nome ao Vasco, até porque não associarão mais as suas marcas, por tabela, a Eurico Miranda. É hora de olhar com carinho as divisões de base. É hora de transparência. Não se pode dar um único tropeço para que os monstros do passado voltem a rugir, a querer se impor pelo medo.
Chega de humilhação.
Na madrugada de hoje, o Vasco conquistou o seu maior título dos últimos anos: a defenestração de uma corja incompetente, oportunista, que queria ganhar tudo no grito.
Ainda há juízes no Rio de Janeiro. Ainda há Justiça.
Força, Dinamite! Força, Vasco!
A partir de 1° de julho, vamos torcer por dois Vascos: o dos gramados e o da administração.
Vamos gritar com mais força ainda que temos a cruz de malta em nossos peitos desde que nascemos!
Casaca!!!