quarta-feira, 27 de agosto de 2008

STÁLIN (8): O PARTIDO ESTÁ ACIMA DE TUDO



"Os bolcheviques que acreditavam ser possível criar 'um novo homem' leninista, punham ênfase rígida na educação.
(...) O Partido não vinha apenas antes da família, ele era um espécie de über-família: quando Lênin morreu, Trotski disse que estava órfão e Kanagóvitch já chamava Sálin de 'nosso pai'. Stálin admoestou Bukhárin: 'O elemento pessoal não vale um vintém. Não somos um círculo familiar ou uma roda de amigos íntimo - somos o partido político da classe operária.'"
Já posso ver daqui o frisson causado por esta fala de Stálin! Tem gente que deve ficar até arrepiada, com lágrimas nos olhos! Quer dizer, com lágrima, não! Lágrima é coisa burguesa! Voltando:
"Eles cultivavam a frieza."
Kírov dizia:
"Um bolchevique deve amar mais seu trabalho do que sua esposa."
Stálin sempre fazia questão de lembrar:
"(...) um verdadeiro bolchevique não deveria e não poderia ter uma família, porque deveria se dedicar por inteiro ao Partido."
Claro: você, se dedicando, já não estava tão seguro de emplacar o ano seguinte, imagine deixando o partido de lado... Os bolcheviques também sabiam ser demagogos:
"Se tem de escolher entre o Partido e o indivíduo, você escolhe o Partido, porque o Partido tem o objetivo geral, o bem de muitos, mas uma pessoa é apenas uma pessoa."
Reparem bem: "uma pessoa é apenas uma pessoa." Pensando assim, não é difícil imaginar por que essa mulambada mandou uns 30 milhões pra vala... Quanta nobreza por parte daqueles que queriam "o bem de muitos"...

Esta parte terá uma continuação quando falarmos da fé mais do que necessária do partido. Fé de ateístas.