sexta-feira, 20 de fevereiro de 2009

O CERCO AO VASCO

Acho que a história está enveredando para o mais tosco lado pessoal. O que estamos vendo em nível de TJD é uma coisa jamais vista em termos de futebol brasileiro. E pelo jeito a implicância (para ficarmos num eufemismo) já chegou ao STJD, a ponto do presidente da entidade, Rubens Aprobato, dizer que o Vasco está querendo tumultuar o campeonato.

Como assim, otoridade? O Vasco estava lá, fazendo os seus joguinhos, ganhando uns, empatando aqui e ali, perdeu outro. De repente, do nada, vem uma denúncia que põe de cabeça pra baixo o já combalido futebol carioca. E com fortes suspeitas levantadas ao longo do processo não só pela imprensa como por membros da OAB e por um ex-presidente do STJD, Luiz Zveiter, que afirmou:

— A liminar do Brasiliense cassou o vínculo trabalhista com o Vasco, não a condição de jogo. Se o vínculo foi devolvido pela Justiça do Trabalho, a inscrição volta a valer. Não precisa publicar de novo.

O dotô Aprobato não quer que o Vasco defenda os seus direitos?

Particularmente, acho que o Vasco não deveria ter brigado tanto por Jeferson, o jogador que está no centro de toda a confusão. Mas o que se está fazendo agora com o clube é coisa pra Kakfa nenhum botar defeito. Ameaças de excluir o Vasco do campeonato, de denunciá-lo à Fifa, de bani-lo do esporte... Peido de formiga a gente sabe. Coisa feita pra intimidar uma diretoria que, a bem da verdade, vive metendo os pés pelas mãos.

É claro que o mundo gira e a Lusitana roda, o presidente daquilo que se diz uma Federação de Futebol já afinou no que diz respeito à exclusão. Mas os fatos aos poucos vão clareando.

Neste link, um texto importante mostrando uma certa "malandragem" da Ferj. Exatamente no que diz respeito ao Caso Jéferson e suas datas, links que não funcionam ou páginas fora do ar.

Abaixo, um trecho no mínimo curioso vindo da coluna insuspeita de Renato Maurício Prado, publicada hoje no Globo:

Não é estranho que os juízes do Tribunal de Justiça Desportiva do Rio tenham visões diametralmente opostas às do presidente da OAB, Wadih Doumas, do renomado advogado (especialista em direito desportivo) Valed Perry e do presidente do Tribunal de Justiça do Rio (ex-STJD), Luiz Zveiter? Pois, Doumas, Perry e Zveiter consideram que o Vasco está certo no caso Jéferson!

Mas, em sucessivos julgamentos no TJD, os vascaínos foram goleados — e punidos com a perda de seis pontos, pena que os alijou das semifinais da Taça Guanabara, para as quais haviam se classificado em campo. Faz sentido?!?

Coluna social: o presidente do TJD, Antônio Vanderler de Lima, é amigo de longa data do ex-vice jurídico do Vasco (na gestão do ex-deputado) Paulo Reis.

Nos anos 70 e 80, eram inseparáveis nas “peladas” de sábado pela manhã, no extinto Clube Canaveral, na Barra da Tijuca.

Para o bem da Justiça, o senhor Vanderler (meu Deus!!!) deveria se julgar incapaz de participar do julgamento. Paulo Reis era considerado invencível no tapetão. O mago dos recursos, um gênio dos tribunais. Como diz o Ancelmo Gois: é, pode ser...

O cerco é feroz. O apetite do senhor Approbato é inigualável. Vai levar o caso para a Fifa! Pois bem. Vascaínos, todos de olho no seu Approbato. Vai ter que agir assim com todos os clubes!!!