Os mortos, mortos estão. Os mutilados, mutilados estão. Os sobreviventes tiveram mutiladas as suas memórias: já não têm sonhos, têm pesadelos.
O que me espanta, no entanto, é a indignação de Nepomuceno, que é seletiva. Ele é amigo pessoal de Fidel Castro, já participou de "voos de solidariedade" para Cuba em suas maiores crises, mas a tal solidariedade nunca se estendeu aos mutilados do regime de Fidel, aos mortos pelo regime de Fidel e aos que, na ilha caribenha, já não têm mais sonhos e sim pesadelos.
Eric estava no corpo editorial de uma revista chamada America Libre (clique na imagem abaixo para ampliá-la). Não sei se os coordenadores da publicação se reuniam constantemente, mas caso isso tenha acontecido era bem capaz do escritor ter se sentado ao lado ou muito perto do falecido Manuel Marulanda, o Tirofijo, líder das FARC, outro que matou, mutilou e sequestrou sonhos, tornando-os pesadelos.
Abaixo a impunidade de Eldorado dos Carajás! Abaixo a impunidade de Fidel! Abaixo a impunidade das FARC!