terça-feira, 18 de agosto de 2009

TRAINSPOTTING, de Danny Boyle

image Assisti o filme pela primeira vez e numa época oportuna, onde se discute a legalização das drogas. Ok, por hora quer se liberar apenas a maconha, a diamba, a erva do capiroto, mas é claro que isso é apenas um estágio antes da legalização geral de todas as paradinhas, incluindo-se aí a heroína, estrela do filme de Boyle.

O filme é muito bom e o que eu mais me perguntava enquanto cidadão-contribuinte-eleitor era o seguinte: querem liberar as drogas para eu ter que pagar, via impostos, o tratamento de gente como Renton, o protagonista do filme? De Sicky Boy? Porque é claro que alguém vai ter que pagar por isso. E a perspectiva de um boom de consumo depois das liberação não pode ser descartada. E pelo que se vê em "Trainspotting" os usuários ficam desabilitados para trabalhar por um bom tempo, o que é até compreensível visto que um tratamento de desintoxicação sério, bom, leva tempo... Não estou contando aqui com os funcionários corruptos dos sistemas públicos de saúde, que sempre hão de conseguir a droga pro sujeito quando ele quiser. Se já acontece em clínicas privadas...

Bom, dito isto, "Transpoitting" é um filme curioso. Porque tem uma cara moderna, um diálogo ágil, situações cômicas que acabam desaguando em drama, mas sem chororô. Entretanto, não é taxado de moralista, talvez porque o seu final não seja. Mas acho que o recado foi dado: use heroína e você a considerará melhor que sexo. Depois não reclame.