quinta-feira, 12 de novembro de 2009

TRECHO DO LIVRO "FASCISMO DE ESQUERDA"

Não existe uma só palavra na língua inglesa mais livremente usada a torto e a direito por pessoas que não sabem o seu significado do que "fascismo". Na realidade, quanto mais alguém usa a palavra fascista" em sua linguagem cotidiana, menor a probabilidade de que saiba do que está falando.

Pinçado do livro de Jonah Goldberg, que estou devorando. Esta pequena passagem não serve apenas aos anglófonos. Vale também para os lusófonos, sobretudo para aqueles do único país da América do Sul que fala português, para os quais posso destacar um outro pedaço:

Esquerdistas furiosos bradam que todos aqueles à sua direita, particularmente os tubarões empresariais e os políticos que gostam deles, são fascistas. Enquanto isso, conservadores sitiados quedam suas palavras diante da sordidez da difamação.

Isso é o Brasil. Durante anos a esquerda falou sozinha, principalmente depois do fim da ditadura militar. Agora que a, digamos, direita ou, sei lá, conservadores, ou simplesmente pessoas que pensam diferente do esqueminha progressista também podem falar e estão um pouco menos sitiadas - sobretudo graças ao advento da internet - e em pouco tempo já colocaram em xeque vários "dogmas" do pensamento iluminado e outrora "infalível" da esquerda, há clamor e ranger de dentes. E até certas nostalgias do tempo em que a direita ou seja lá o raio que seja ficava caladinha e era menos incômoda.

Estou no começo do livro de Goldberg. Mas desde já adianto: vale a pena.