segunda-feira, 25 de janeiro de 2010

A ELEGÂNCIA SUTIL DE DODÔ

A goleada que o Vasco aplicou ontem no Botafogo já entrou para a História do confronto. Nem foi a maior, mas foi pontuada por dois detalhes: a implacabilidade da equipe cruzmaltina – implacabilidade esta presente em qualquer goleada, é bom que se frise – e, aí sim o outro detalhe: a elegância.Sim, o time do Vasco jogou com uma elegância que há tempos eu não via. Tabelas rápidas e passes precisos desnortearam o time da Estrela Solitária que, infelizmente, confundiu vontade de vencer com violência e destempero.

E o que dizer de Dodô? Sim, ele já atende pela alcunha de “artilheiro dos gols bonitos” e só ontem fez dois. O seu segundo tento na partida foi de oportunismo, qualidade que não pode faltar a um atacante com o faro de gol (em que pese o lugar comum).

Foram tantas tabelas, tantas jogadas de efeito (algumas com resultados práticos e outras não, bem entendido) mas com um efeito plástico que encantou quem realmente gosta desta especiaria chamada futebol.

Dodô foi a estrela da surra, do chocolate, da cipoada, do sapeca-iaiá. O Botafogo cometeu seus erros e o mérito do Vasco foi ser, como já disse lá em cima, implacável com isso.

Ouso dizer que o Glorioso ainda saiu no lucro. Se Carlos Alberto não tivesse saído, ainda no primeiro tempo, por contusão, acho que o Botafogo iria amargar a maior goleada da história de um clássico do futebol carioca, quiçá brasileiro.

Phillippe Coutinho, Souza, Carlos Alberto, Léo Gago – em sua melhor partida pelo Gigante da Colina – ajudaram a dar o “touch of class” cruzmaltino em sua mais bela apresentação no Campeonato Carioca. É cedo para se apontar alguma luz radiante no horizonte? Sim, é claro. Mas o caminho foi mostrado. E bem mostrado pelo que vimos. E seis vezes… Mesmo naquele gramado desprezível do Engenhão.

Fiquem com imagens do baile.