Em 2007, a Fifa escolheu o país-sede pro Mundial de 2014: o Brasil varonil. Vejam bem: sete anos separam a indicação do ponta-pé inicial. Se os dirigentes da entidade entendessem mesmo de futebol, deveriam ter pensado:
- Gente, esse pessoal fez o Maracanã pra Copa de 50 e o estádio não tá pronto até hoje!
Aliás, a respeito do Maraca, o primeiro passo para o Mundial de 2014 seria IMPLODIR o Mário Filho, construindo-se um mais bonito e mais moderno. Seria um ato de coragem – cá pra nós, impensável no país.
Presentear o Brasil com um evento desse porte é uma temeridade. O próprio secretário-geral da Fifa, Jerome Valcke, já disse que este ano tem eleições e depois vem o Carnaval em Banânia (royalties Reinaldo Azevedo). Até lá não se decide nada. Mas o problema, senhor Jerome, é outro: o que está em jogo são as propinas que os políticos têm que levar, assim como os seus partidos, sobretudo o PT, porque onde tem tramóia tem petista levando algum: isso é um dado da natureza. Enquanto neguinho não acertar a porcentagem, não tem jogo e ponto final.
Já que a Fifa aboliu o regime de rodízio dos continentes – e nada me tira da cabeça que isso é uma espécie de “efeito África do Sul” –, ela deveria partir para o rodízio de sedes: Estados Unidos, França, Alemanha, Inglaterra, Itália, Espanha, Japão. E chega. O resto tem que ver pela televisão pra aprender como é que se faz.
Enquanto os cartolas fifenses continuarem com essa coisa de agradar aos presidentes de federação do Lesoto e do Burundi, do Catar e das Ilhas Comores, da Nicarágua e de São Vicente e Granadinas em busca de uns votinhos na Assembleia Geral a única coisa que se pode dizer pra eles é: bem feito!
