terça-feira, 11 de maio de 2010

UMA OU DUAS COISAS SOBRE “DUBLINENSES”, DE JAMES JOYCE

image O que eu li de livro falando sobre neve este ano não está no gibi. Deve ter sido por causa da caloreba que fez com que o Senegal, diante do Rio, se tornasse uma doce e desejada Sibéria. “Dublinenses”, de Joyce, não seria diferente, já que se passa na Irlanda, Dublin, como o nome já faz supor. São contos lindos – e poucas coisas me dão mais prazer do que ver um texto bem escrito. Corre a piada de que este é o único livro “legível” de Joyce. Ainda não encarei “Ulisses” e me recuso a ler “Finnegans Wake”, sobretudo aquela edição que recebeu o nome de “Finícius Revém”. Todas as histórias terminam com belas epifanias. Destaco “Os mortos”, o último e maior de todos, e “Eveline”, cujo final está, seguramente, entre as coisas mais bonitas que já li até hoje.