sábado, 6 de novembro de 2010

UMA OU DUAS COISAS SOBRE “A ETERNIDADE E UM DIA”

Como o pessoal do Festival de Cannes adora um filme lento, não é mesmo? Aqueles planos que a gente costuma dar uma passadinha, porque, bem porque são lentos, longos e não raro chatos.

Este deve ser o meu ano Bruno Ganz. Não por escolha, mas por coincidência. Já vi “A queda”, “Asas do desejo” e agora, este “A eternidade e um dia”, onde ele interpreta um escritor que ajuda um garotinho que é refugiado albanês a voltar pra Albânia, país que era (ainda é?) a utopia de 11 entre 10 militantes do PC do B.

O filme tem planos lentos e longos silêncios, mas é bacana no que tem de passagem de tempo. Uma coisa bem resolvida em termos de flashbacks.

Uma dúvida: por que todo ator mirim francês tem a voz parecida com a do Jordy?

Belas palavras quando o protagonista Alexandre relembra a sua mulher Anna e lhe pergunta: “Quando tempo demora para chegar o amanhã?” E ela, linda, cabelos soltos, vestido dançando ao vento do mar, responde: “Uma eternidade e mais um dia.”