sexta-feira, 8 de abril de 2011

OS DESARMAMENTISTAS ESTÃO ALVORAÇADOS

Hoje, no Estúdio I da Globo News, num “debate” entre pessoas que concordavam entre si, o jornalista Renato Galeno afirmou que está na hora de se refazer o referendo que permitiu a continuação do comércio de armas, realizado em 2004. Os desarmamentistas não se conformam com a surra que tomaram na ocasião: 64% a 36%, que fez com que o senhor Antônio Rangel, do Viva Rio (de onde mais?) batizasse a todos os que votaram “não” de fascistas. Essa gente não descansa enquanto o povo não votar do jeito que eles querem.

O curioso é que Renato Galeno queria que se aproveitasse exatamente o momento atual, de comoção, depois da tragédia de Realengo. Ora, pirocas, não é exatamente o “momento de comoção” que faz com que todos os bonzinhos, maneiros e antenados evitem votar coisas como a redução da maioridade penal? Quer dizer que a emoção só vale pra um caso e não vale pro outro?

Podem desarmar todos os cidadãos que quiserem. Podem restringir as armas. Se um psicopata quiser espalhar pânico, morte, sangue, ele vai espalhar.

Dilma, nossa soberana, afirmou que o tipo de crime praticado no Rio não é “coisa nossa”. Coisa nossa são 50 mil homicídios por ano, como bem lembrou Reinaldo Azevedo. É claro que nossa Suprema Cospe-Grosso queria dar uma estocada nos Estados Unidos, um país onde civis podem comprar armas à vontade e onde a taxa de homicídios é de 6 por 100 mil habitantes.

A propósito: já se perguntaram por que as chacinas como as de Realengo só são praticadas dos EUA em escolas e universidades? Tenho uma resposta: é porque são os únicos lugares onde você não pode portar armas. Vê se o maluco vai querer matar gente em supermercado? Claro que não! É maluco, mas não é doido: antes de dar o primeiro tiro era bem capaz do futuro assassino levar um teco no quengo porque qualquer um ali pode estar armado.

Não existem armas em excesso no Brasil. Pelo menos não nas mãos das pessoas de bem. Existem armas demais nas mãos de bandidos. Se eles toparem entregar as deles numa boa, sem grilos, na paz, vamos avançar a ponto de um Estatuto do Desarmamento ser desnecessário. Caso contrário, uma banana!

Não uso armas. Não sei usar sequer estilingue, mas esse papinho de desarmamento é chororô dos perdedores de 2004.