segunda-feira, 25 de julho de 2011

COMO DIZ O ELIO GASPARI? “A AMÉRICA LATINA VAI BEM…”

É claro que vai! Sobretudo no Equador, onde o presidente troglodita Rafael Correa controla a Justiça e realizou o sonho de todo petista de coração: controlar com rédea firme a imprensa, que é o primeiro passo para tornar todos os meios de comunicação em assessoria de imprensa do governo, uma espécie de Granma falado, escrito, televisado e internetado.

Deu no Globo:


Num clima de crescente preocupação, a As­sociação Equatoriana de Edi­tores de Jornais (Aedep, na si­gla em espanhol) pediu ontem a anulação do processo judi­cial contra o jornalista Emilio Palácio e os donos do jornal "El Universo" — Carlos Pérez, César Pérez e Nicolás Pérez — condenados em primeira ins­tância semana passada por te­rem supostamente caluniado o presidente Rafael Corrêa. Em entrevista por telefone ao GLOBO, o editor-executivo da Aedep, Diego Cornejo, assegu­rou que "este processo está re­pleto de irregularidades e ja­mais deveria ter sido aceito pelos tribunais do país. O pro­blema é que a Justiça equato­riana funciona sob pressão do governo". Palácio e os irmãos Pérez foram condenados pelo juiz Juan Paredes (o sexto magistrado a assumir o caso em apenas cin­co meses) a três anos de prisão e pagamento de multa de US$ 40 milhões, por terem suposta­mente ofendido a honra de Corrêa com a publicação de um artigo de opinião sobre a revolta policial de setembro de 2010. No texto, assinado por Palácio, o jornalista refere-se ao presidente como "ditador" e assegura que, durante a rebe­lião policial, Corrêa ordenou ao Exército disparar contra um hospital onde estava refugiado e por essa ação poderia, no fu­turo, ser acusado de ter come­tido um delito de lesa-Humani-dade. Os quatro condenados apelaram da decisão de Pare­des, que demorou apenas 33 horas, após assumir o caso, a anunciar a sentença de primei­ra instância (no total são 4).


Como todo caudilho dessa pocilga continental, Correa também é caricato. O parágrafo abaixo me lembrou uma passagem do Febeapá, de Stanislau Ponte Preta, onde o escrito conta a história de um sujeito que queria fazer “democracia com as próprias mãos”.


— Já toleramos demais, a próxima vez que esse malcriadinho (em referência a Gonzalo Marroquín, presidente da Sociedade Interamericana de Imprensa) vier dizer que aqui existe uma ditadura, que a lei não se cumpre, nós o expulsaremos país — afirmou o presidente.


Um primor de democrata, não é mesmo?