Não dá mesmo para levar a sério o Judiciário deste país. Enquanto processos como o Mensalão caminham a passos de tartaruga, o presidente do STF César Peluso está preocupado com reajuste e férias, no caso reduzindo os 60 (!!!!!!!!!!!) dias atuais para 50 (!!!!!!!). É um acinte, um achincalhe!
BRASÍLIA. O presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), ministro Cezar Peluso, voltou a defender reajuste dos magistrados, mas disse que não é papel do Judiciário pressionar outro poder para aprovar uma proposta de seu interesse. Ao falar sobre o reajuste salarial de 14,7% dos ministros do Supremo, Peluso disse que o Judiciário não deve se meter no Legislativo, e vice-versa. O aumento depende de aprovação dos parlamentares.
- A proposta é de resíduos inflacionários. Nós não insistimos nada, nós não vamos ficar lá no Congresso insistindo: "faça isso ou faça aquilo", assim como a gente também não quer que ninguém, nem o Congresso nem ninguém, fique dizendo para nós: "faça isso, faça assado". Cada um cumpre sua função. O que o Supremo vai fazer é aguardar a decisão do Congresso Nacional - disse.
Peluso também voltou a defender que juízes só tenham férias de um mês - atualmente, há dois períodos de descanso, de 30 dias cada: um no meio e outro no fim do ano.
- Eu, pessoalmente, até acho que os juízes trabalham muito e tal, mas hoje eu sei que não seria socialmente aceitável que os juízes, diferentemente da maioria dos cidadãos, tivessem 60 dias de férias - afirmou o presidente do Supremo.
Peluso sugere, no entanto, que, além das férias de um mês, haja no período de Natal e réveillon um recesso, de cerca de 20 dias.