terça-feira, 29 de julho de 2008

JORNALISMO

Programa "Em cima da hora", 28 de julho, Globo News. Edição das duas da tarde.

A reportagem é sobre as mulheres-bomba que mataram 70 pessoas no Iraque num evento religioso. O texto do repórter Roberto Kovalick começa assim: "Apesar da violência ter diminuído no Iraque..."

Como é que é? A violência está diminuindo no Iraque? E isso não é capa de jornal? Isso não é manchete no Jornal Nacional? Isso não é notícia? Merece apenas uma tímida introdução numa reportagem sobre novos atentados? Tá certo isso?

A propósito: estudei na UFRJ. Eu tinha uma professora, cheia da grana, que nos pediu uma pesquisa sobre cobertura política. A pesquisa, é claro, deveria evidenciar que a imprensa era contra o PT. Nos recortes, poderíamos incluir o MST (sei lá o motivo, mas acho que valia tudo pra mostrar como a imprensa é parcial). Não conseguimos provar isso para a decepção da professora.

Hoje em dia é comum se pesquisar a parcialidade da imprensa. Qual não seria o choque da professora ao ler o que vai abaixo:

Dono da mídia

690 notícias sobre Barack Obama apareceram nos meios americanos em junho, segundo levantamento do Projeto para a Excelência no Jornalismo

263 reportagens e outros registros jornalísticos, no mesmo período, tinham como assunto o candidato republicano, John McCain

113 matérias publicadas no mês passado se referiam a atividades ou declarações do presidente George W. Bush, de acordo com o estudo

Isenção é isso...