Nunca antes na história deste país, silêncio foi sinal de competência. Dilma descobriu que, depois de falar tanta merda, depois de deixar seu raciocínio se perder várias vezes, de citar trocentos números errados, o silêncio poderia ser seu aliado. Governar é não falar. Governar é deixar vazar que ela enquadrou fulano, beltrano e sicrano. Balela.
Mas de certa forma, era melhor Dilma ter ficado calada mesmo. Assim, ela não precisava ficar dando uma de Conselheiro Acácio, se bem que este pelo menos emprestava um certo verniz às suas obviedades. Dilma, não: é óbvia, sem verniz, mas a imprensa se encarrega de emprestar alguma profundidade ao que diz.
Sobre o silêncio competente de Dilma e seus “pronunciamentos” à Nação, leia Guilherme Fiúza.
