terça-feira, 2 de setembro de 2008

ISENÇÃO SÓ PRAS ELEIÇÕES DAQUI. LÁ FORA, PODE TORCER...

Continuo acompanhando a cobertura "isenta" do Globo sobre as eleições americanas. Dava um belo estudo de caso, desses que os petistas gostam de fazer para avaliar o grau de imparcialidade da imprensa nas eleições. É coisa de deixar qualquer um envergonhado...

Quando ainda era um jovem estudante de Rádio e TV na UFRJ, tinha uma professora que encomendou uma pesquisa nesses moldes. No fundo, a idéia era ver como o PT era retratado. Positivamente? Negativamente? O que a professora queria mesmo, era demonstrar por A+B que a mídia perseguia o partido. Infelizmente, mesmo com todo nosso esforço, não conseguimos provar isso. E olha que víamos chifre em cabeça de cavalo a torto e a direito (sim, naquela época eu era simpatizante do PT, mas quem não tem telhado de vidro?).

Hoje em dia, os petistas patrulham a imprensa, medindo até em centímetros as notícias que lhes são favoráveis e as que lhes são desfavoráveis. Até teses de mestrado e doutoramento foram feitas com base nessa palhaçada.

Seria bom os professores-doutores investigarem a parcialidade da imprensa em relação à Barack Obama. Só para efeito comparativo, claro, já que não votamos nos Estados Unidos. Não tem sequer uma notícia no Brasil que fale das desconfianças - e digo porque isso é assunto lá no palco da decisão - de que Obama sequer é americano de nascença, condição essencial para se pleitear o cargo que ele almeja. Com direito à falsificação de certidão de nascimento, diga-se de passagem... Ninguém fala, exceto alguns blogs que não aderiam ao oba-oba, de que a casa onde ele mora não foi paga do seu bolso e sim por um lobista amigo dele (lembrou de alguém?). Aqui e ali fala-se da sua inexperiência, mas veladamente. Ninguém parece querer se lembrar que Obama nunca trabalhou na vida. O tempo todo estava ocupado fazendo militância.

Será que Obama é o cordeiro sem mácula? Será um Perfeito, para usarmos aqui um termo dos hereges cátaros? (Estudar, por favor...)

Sim, acredito que ele tenha lá suas virtudes. Ao contrário de John McCain, que para os cabos eleitorais de Obama (José Meireles Passos e Marília Martins, do Globo), só tem defeitos. É velho, escolheu uma vice desconhecida e com uma série de "problemas" apontados na edição de hoje. É republicano, o que aqui equivale dizer que ele é um leproso. Quando a Folha de São Paulo publicou que ele era um "herói" de guerra, o fez assim, entre aspas, apesar de todas as condecorações do homem serem oficiais e dele ser, sim, um herói de guerra.

Então, que tal uma pesquisa para se analisar a isenção da imprensa que torce por muitas mudanças lá fora? Afinal de contas, o Bananão tem um exemplo a dar ao mundo: aqui, a esperança venceu o medo, né, não?