A reportagem da Veja sobre a virada educacional de Cingapura mostra o quanto estamos atrasados em relação a um país que tem menos recursos do que o Brasil. Lá, professores possuem status, são bem remunerados, mas há um pequeno detalhe: só os melhores dão aulas. Aqui, bastou o Serra tentar qualificar mais os professores que já foi um escândalo! Professores estes que não sabiam interpretar um texto, mas devem ser bons de voto nas assembleias que votam greves. Bastou o Cabral Filho dizer que as escolas de segundo grau poderiam ser adotadas por empresas privadas - e isso em termos de manutenção basicamente - que já foi um estardalhaço: preferimos escolas públicas caindo aos pedaços a ter que expor, sei lá, a logo do Carrefour.
A questão é que a educação de Cingapura privilegia o mérito. Isso não é lá muito "paulofreireano", essa praga que domina e escraviza as escolas no Brasil. Lá, as escolas públicas são dirigidas como empresas. Deus nos livre, não é mesmo? Esse negócio de metas, missão e valores não é muito progessita, estimula competição e o que é pior: periga dar certo! Aí, o pessoal vai ter que trabalhar, os professores ruins serão demitidos e o país pode avançar no campo da educação e tirar melhores notas nas olimpíadas internacionais!!! Um absurdo!!!
Deixa como tá. Os sindicatos agradecem enquanto se preparam para fazer greve dos estados governados pela oposição.