quinta-feira, 23 de julho de 2009

A DEMOCRACIA DA VENEZUELA

Na Venezuela existe um estado chamado Barina. É o Maranhão de lá, administrado pela Famiglia Chávez. Possui índices sociais pífios e é a unidade administrativa do país que contém o maior número de sequestros. Isso depois de quase vinte anos de administração dos parentes de Hugo.

Em Cuba,  existem os Comitês de Defesa da Revolução. Existem em cada bairro, talvez em cada rua. Serve, em tese, para defender os valores da Revolução, mas, no fundo, é uma espécie de patrulha do pensamento, onde o que funciona é meter medo em possíveis dissidentes com algum incentivo às delações, marca de qualquer regime ditatorial. O país de Hugo está caminhando para isso, reformulando o que eles chamam de "batalhões do PSUV", antes com 300 membros. Agora serão 30. Que serão usados para chantagear os relutantes, aqueles que "teme dizer não" com medo de serem punidos pelo regime.

No país onde existe "democracia até demais" (royalties para Lula), uma juíza pode ser afastada simplesmente por contrariar as ordens de Hugo Chávez. Judiciário independente dever isso para os bolivarianos: que se cumpra a MINHA lei. Tudo porque Alicia Torres se recusou a proibir a saída do dono da Globovisió, a emissora atualmente perseguida pelo "democrata" Chávez.

Imaginem se Lula resolvesse criar um prefeito biônico para São Paulo depois da derrota de Marta Suplicy nas últimas eleições municipais. Seria um absurdo, é lógico, mas foi o que Hugo Chávez fez. Antigamente chamavam um regime que fizesse isso de ditadura. Agora é Socialismo do Século XXI. Foi exatamente isso que Hugo Chávez fez: Antonio Ledezma, da oposição, elegeu-se prefeito de Caracas. Chávez tirou arbitrariamente todo o seu poder. Tomou aeroportos e estradas de estados cujos opositores venceram as eleições.

É este sujeito que quer democracia em Honduras?

Mas como dizia Elio Gaspari, a América Latina vai bem.