quinta-feira, 4 de março de 2010

UM PAÍS CIVILIZADO RETIRA DO CONVÍVIO DA SOCIEDADE QUEM NÃO SABE VIVER EM SOCIEDADE

O exercício é simples: você daria um emprego pra um sujeito que tacou coquetel molotov num ônibus com 21 pessoas? Contrataria o cara pra ser porteiro do seu prédio? Você o imagina como funcionário do mês de um loja do McDonald’s? Teria confiança em deixar seus filhos para que ele os transportasse para a escola depois que saísse da cadeia? Se ele estudasse e se formasse em Direito, como Fernandinho Beira-Mar quer fazer: você o chamaria pra trabalhar no seu escritório? Ele seria um bom jardineiro do seu condomínio?

Se a sua resposta é não, eu entendo. O que tem na cabeça um sujeito que joga um coquetel molotov num ônibus com trabalhadores e estudantes para “vingar” um bandido que foi preso? Até agora, pelo que eu saiba, nenhuma ONG foi prestar solidariedade às vítimas – algumas com queimaduras graves – no hospital. Imagine se fosse o contrário: o bandido todo queimado? Agora, não há a desculpa do “eram brancos, da elite”. Não. Trabalhadores. Estudantes. Ônibus.

Eu imagino o selvagem que atirou o coquetel molotov passando o resto da vida na cadeia. Uma hora de banho de sol. Almoço, janta e café na cela. Até o dia de seu passamento. Alguns acham crueldade. Sim, nossos humanistas só pensam no bandido. Não gostaria de ver um deliquente como este solto por “bom comportamento” depois de 5 anos de xadrez porque ele vai fazer a mesma coisa e os jornais, que certamente condenariam sua prisão perpétua, seriam os primeiros a gritar que ele foi libertado sem cumprir toda a pena.

Por princípio, sou contra a pena de morte. Sou a favor da prisão perpétua. Um bandido que joga um coquetel molotov em pessoas que nada têm a ver com o seu problema precisa ser retirado o quanto antes de seu convívio da sociedade. Para sempre. Precisa ficar na prisão e pensar, até o dia de sua morte, no que fez. No que o levou até ali. Não fui eu quem o fez agir dessa maneira. Não foi a sociedade. Foi ele quem decidiu atentar contra a vida daquelas pessoas que tiveram a infelicidade de cruzar o seu caminho. Foi uma decisão pessoal. Ele precisa pagar por isso. Basta dessa conversinha de que cadeia é pra reeducar. É pra reeducar e PUNIR.

Contrate o delinquente assim que ele sair da cadeia. Depois a gente conversa.